domingo, 19 de outubro de 2014

A Biblioteca Escolar e os desafios da Web 2.0

A leitura dos textos propostos coloca-nos perante a imperiosa e inevitável necessidade de mudança, ao mesmo tempo que nos indica uma série de caminhos possíveis e aparentemente fáceis. Confesso que após a sua leitura me sinto capaz de realizar a mudança, sinto vontade de o fazer e sou assaltada por inúmeras atividades que me parecem tentadoras e exequíveis.
No entanto, a realidade é bem diferente: entre o que faço e sou capaz de fazer e o que gostaria de fazer. As bibliotecas onde trabalho não são Bibliotecas 2.0. Há um catálogo informatizado que não é consultado. Há um blogue onde não há interatividade, onde não há participação do utilizador. Apesar de orientar nas pesquisas, de alertar para a necessidade de segurança na internet, de formar o utilizador, de considerar as novas tecnologias parte integrante da Biblioteca, não coordeno uma Biblioteca 2.0.
Da extrema vontade em mudar as coisas, caio de repente numa certa apatia. Como realizar a mudança na “minha” Biblioteca? Como oferecer uma biblioteca centrada no utilizador, com experiências multimédia, socialmente rica e comunitariamente inovadora (Maness, 2007)? Como desenvolver o ensino-aprendizagem nesse contexto? Como envolver os alunos e, sobretudo, como envolver os colegas?
O desafio que se coloca é claro: acompanhar os tempos atuais, explorar as potencialidades da Web 2.0 e tornar a biblioteca algo mais do que a instituição antiga e de regras bem definidas que existe há séculos.
A Internet veio para ficar e evolui todos os dias. Se a perspetivarmos como a biblioteca livre que de facto é, então olharemos para ela de outra forma, como um manancial de informação disponível para consulta e partilha, aberta à criação e à colaboração, que poderemos “destilar” (Maness, 2007), etiquetar e arquivar para posterior consulta, e iremos querer incluí-la nos nossos serviços e explorá-la ao máximo.
Das MI, aos blogs, wikis, mashups, redes sociais, taggings e RSS feeds, há uma fonte abundante de oportunidades a explorar. Seria fácil utilizar a rede social por excelência, o Facebook, no entanto, há uma certa ambiguidade relativamente o seu uso no que diz respeito às orientações do Ministério da Educação e Ciência, uma vez que a sua consulta foi condicionada nas escolas durante um certo período do dia. Confesso também que o uso que os alunos fazem das redes sociais e da Internet é maioritariamente lúdico, o que faz com que eu, imigrante digital e educadora, considere que esse uso não é útil para a sua formação académica. Não pertenço a esta geração e não percebo que esta forma de interação de pessoas é tão válida como a interação presencial e que, para os jovens, uma não elimina a outra.
Há, portanto, que contornar esse uso maioritariamente lúdico e torná-lo académica e pedagogicamente útil. A Biblioteca deverá ser procurada porque permite uma utilização da Web 2.0 em todas as suas vertentes. Mas como? Como fazer com que os alunos (e professores) colaborem, partilhem, comentem, utilizem a Biblioteca nesta vertente e criem uma biblioteca que reflita os seus interesses?
A minha reflexão não aponta caminhos. Revela isso sim muitas dúvidas, questões, incapacidades. Como referi no início, da vontade de introduzir a mudança chego à quase imobilidade, face à portentosa tarefa com que me deparo e face à dimensão da Internet e da Web 2.0.
Tenho para mim que é a partir da constatação do problema, da colocação da questão e da reflexão que damos o primeiro passo no sentido da mudança. Esse primeiro passo está dado. Agora segue-se uma série de passos mais pequenos, mas constantes, na direção certa.

Referências bibliográficas
Furtado, C. C. (jul./dez. de 2009). Bibliotecas Escolares e web 2.0: revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. Em questão , v.15, pp. 135-150.

Maness, J. M. (jan./abr. de 2007). Teoria da Biblioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas. Informação e Sociedade: estudos , v.17, pp. 43-51.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Vídeo de atividades na Biblioteca


Registo da maioria das atividades desenvolvidas por mim e pela equipa da BE durante o ano letivo de 2010/11.
É bom recordar!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dia da Música


Muito interessante e educativo.
Um recurso bom para as aulas de Educação Musical. E não só!